A PORTA
Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão.
Que diz (a mim bem me importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!
Vinicius de Moraes
Um comentário:
Como seu blog é lindo.Amo poesias. Parabéns. Sou supervisora numa escola no interior de Minas Gerais e queria saber se posso partilhar seus textos,obviamente atribuindo a ti os créditos. Nossa escola raramente tem um pc para uso dos professores eu trabalho usando o meu, dai a identificação possivelmente venha dele.Abraços. Bom trabalho.
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